Hospedagem no La Casona de Don Jaime 2

Nossa Hospedagem no La Casona de Don Jaime 2

Em Rosário, na Argentina, escolhemos ficar no hostel La Casona de Don Jaime, no centro da cidade.
Fiz um breve relato sobre a minha busca por hostels na cidade de Rosário e terminei dizendo que escolhemos o  La Casona de Don Jaime 2. Em um breve resumo, direi que o hostel é bom e vale a pena.

Chegada em Rosário

Chegamos na cidade no final da noite. Não havia nenhum taxi ou remis no aeroporto e não conseguimos taxi nem mesmo com o EasyTaxi (que parece funcionar na cidade).
Nossa sorte foi ter parado um ônibus na frente da saída principal do aeroporto e, como ele ia para o centro da cidade, resolvemos entrar (uma boa dica para quem quer economizar com o taxi. Esse ônibus segue direto ao centro, parece não dar voltas e o ponto de ônibus é em frente a porta de saída do aeroporto).

O aeroporto de Rosário dista uns 15 km do centro da cidade e é muito pequeno. Poucos voos diários saem daqui.

Sabíamos apenas o endereço do local, mas a cidade está acostumada a indicar sempre o cruzamento. Deveríamos ter dito San Lorenzo x Paraguay ou San Lorenzo x Pte. Rocca, mas tínhamos apenas o número. Por sorte o motorista foi muito bacana e deduziu mais ou menos onde seria aquela numeração (e ele nos deixou bem próximo).

Dicas: tenham moedinhas, pois as maquininhas dos ônibus só aceitam moedas! Isso também vale em Buenos Aires.
A maioria dos taxis da região não tem porta mala grande e praticamente todos são movidos a gás. Resultado: pouco espaço para muitas malas e muita gente!

Chegada no hostel La Casona de Don Jaime

Como disse, chegamos no Casona de Don Jaime em um sábado de feriado prolongado. Fomos atendidos pelo Luciano, um jovem muito simpático, que inclusive tentava entender o nosso portunhol.
rs
Ele nos mostrou o quarto, o banheiro (que é privado, mas fica fora do quarto. Um detalhe que me desagradou horrores), explicou sobre a limpeza, o café da manhã e as facilidades do local e tivemos apenas tempo de chegar, desfazer as malas, se conectar (bom wifi no hostel inteiro) e sair para jantar.

Localização

O Casona de Don Jaime está bem localizado, no centro da cidade.
Como a cidade é dividida por quadras (e elas parecem ser simétricas), posso dizer que ele está a duas quadras da Peatonal Cordoba (o calçadão com lojas); cinco quadras do Rio Paraná (nas proximidades da Plaza de Espana) e a umas 9 quadras da Estacion Fluvial e do Monumento às Bandeiras.
Para a Avenida Pellegrini, a rua dos restaurantes, a distância é maior: 10 quadras. Chegando nessas 10 quadras, podemos percorrer mais 5 quadras à direita nesta rua e estaremos no Parque Independência (com o Estadio de Futbol Club Atlético Newell’s Old Boys).

E tudo isso fizemos a pé!

Além disso, há diversos bares e restaurantes nas proximidades. O da esquina oferece 10% de desconto para a galera do hostel. E na rua de trás (Urquiza) há um bom supermercado e na esquina com a Corrientes há uma farmácia 24hs!

Festa e barulhos

Muitos procuram em hostels a diversão. Eu procuro tranquilidade em um local de preços baixos!
😉
Ao voltar, naquele sábado de feriado (após a meia noite), havia festa no bar do hostel, mas apesar do som e das conversas, isso não afetou o nosso sono (nosso quarto era o primeiro do andar superior). Durante a semana não houve festa, retornando no final de semana seguinte (ficamos 9 dias, de sábado à domingo). Teve um dia que não fecharam a porta que liga o bar dos quartos e com isso o som chegou lá em cima, mas nada que nos incomodasse (e eu sou chata com barulho!!!!).

Casona de Don Jaime

O que realmente incomoda é que a escada é de madeira e, por ter pouca cola com o chão, cada vez que alguém subia as escadas, fazia barulho (e sempre tem um deselegante que faz o favor de subir ou descer correndo aquelas escadas para fazer barulho).
No sábado, dia da maratona, acordei por volta das 6 da manhã com o pessoal subindo e descendo escadas. Cheguei inclusive a sonhar que ocorria um assalto ali dentro!
rsrs

O pessoal da recepção

O que me agrada bastante nos hostels é a simpatia do staff. Não me lembro de nenhum problema nesses anos de mochileira. E o bacana é que eles estão sempre tentando nos ajudar!

No Casona de Don Jaime, sempre que chegávamos com o carrinho do Léo ele nos ajudavam (para entrar no hostel, é necessário subir algumas escadas e a porta, aberta somente pela metade, não permitia a entrada do carrinho). A mesma simpatia vimos com as meninas que ajudam na limpeza!

O ruim é que nem todos falam português (exceto dois rapazes brasileiros que vimos na recepção noturna) e a comunicação acaba sendo ou em portunhol ou em inglês!

O ambiente

O Casona de Don Jaime é um casarão imenso e velho que foi transformado em hostel. A transformação não foi necessariamente uma reforma. O local continua com cara de um velho casarão. Alguns pavimentos são de madeira e ao andar, faz barulho, assim como algumas fechaduras que são difíceis de abrir e fazem muito barulho (como do nosso banheiro).
Uma coisa boa é que o pé direito é alto! Poderia inclusive ter mezaninos dentro dos quartos!

No ambiente onde se encontra a recepção há alguns sofás e uma televisão com canais a cabo (vi alguns momentos das semifinais da UCL ali). De um lado, tem a porta que nos leva à cozinha e a alguns dormitórios e do outro lado, há um bar que fica movimentado no final de semana.

No piso superior, no final da escada de madeira, há uma sala de estar, com computadores e sofás. O ruim é que está ao lado de alguns quartos e quando amigos decidem se reunir ali, acabou o sossego.

Como era uma casa imensa, a sensação que tive é que alguns quartos imensos foram divididos ao meio. Isso ocasionou quartos sem janela externa (como o Tango, no qual ficamos e o Flamenco, que tem uma janela que dá para o “Estudio”. Não vi se há outros nesta mesma situação) ou sem banheiro interno (infelizmente como o que ficamos).

A internet do prédio

Todo o prédio é conectado com internet wifi. Há diversos repetidores de sinal espalhados pelos ambientes. Desta forma, você não precisa se conectar em diversas redes cada vez que se locomove.
Para quem não levar dispositivos móveis com wifi, há computadores no 1° andar e ao lado da recepção (foto ao lado).
Não os usei, mas pareciam bons.
A internet não é super veloz, mas boa o suficiente para acessar e-mails, mapas, WhatsApp e redes sociais.

O café da manhã e a cozinha

Acho que esse hostel foi o único local que me hospedei que servia o café até às 11h!  A maioria encerra às 10hs.
O “café” não era farto.
Havia um cesto de frutas (basicamente laranja, mas também chegamos a ver algumas maças e ameixas). Teve um dia que teve melão fatiado (não sei se foi o horário que chegamos lá).
Ao lado do cesto, ficam os vários cestinhos com medialunas (doces e salgadas). O correto é pegar apenas um cestinho, mas não há controle.
rs
Além disso, há garrafa térmica com água quente (para os sachês de chá mate e chá preto inglês), leite e café, além de cereais.
Cheguei a ver também suco de fruta, mas me pareceu aqueles sucos artificiais.

Para quem decide usar a cozinha, o local é bem equipado. Como alguns haviam dito no Tripadvisor, sim, quase tudo é bem velho, mas não faltou nada do que precisamos usar, exceto temperos.
Eu esperava que tivesse pelo menos óleo e vinagre, mas o máximo que achamos foi sal!

O espaço conta com duas geladeiras com porta de vidro, um fogão que me pareceu industrial, um micro-ondas e uma pia com duas cubas e água quente na torneira (Aêêêêêê!!! rsrsrs)

Ao lado, há um espaço interno com mesas, assim como o lado de fora (apesar do tempo frio, alguns corajosos preferiram ficar por lá), que ainda conta com uma churrasqueira.
Mas é um local bem bacana.

O nosso quarto Tango

Agora sim, falarei da experiência que tivemos em nosso quarto.
Viajamos com nosso filho de 7 meses e por isso queríamos um quarto com cama de casal e banheiro privado.
Bom, o que nos ofereceram tinha tudo isso. O que não mencionaram é que o banheiro ficava do lado de fora!

Poucos dias antes da viagem, resolvi olhar os comentários dentro do Tripadvisor (eu havia apenas lido sobre o Casona 1) e vi muita gente reclamando deste quarto. Escrevi imediatamente para eles e obtive a resposta de que nosso quarto seria aquele e que não teria outro disponível.

Tentei mudar, mas não teve jeito!
Depois de reclamar muito, na terça feira me ofereceram um do outro lado da casa (e que eu deveria descer escadas e depois subir outras escadas) e que eu deveria sair na sexta feira e retornar para o Tango!

Então, é sobre esse quarto que escreverei.

Bom, ele é o primeiro após subirmos as escadas e ele foi dividido com o quarto Punk.
Certa vez meu marido se desequilibrou e vimos que a parede era uma frágil divisória de drywall.
rs
Por ser dividido, além de ouvirmos toda a conversa dos “vizinhos”, o quarto não tem janela externa, apenas uma janelinha que dá para o corredor e graças a isso, o quarto não tem nem iluminação natural e muito menos ventilação.
O resultado é um quarto sempre escuro e com cheiro de ambiente fechado e mofo.
O ponto positivo é que o pé direito é alto. Se fosse baixo seria ruim e deprimente!

Nele há uma cama de casal com colchão de molas (creio que bonnel) e uma beliche com colchões de espuma grossa com uma boa densidade (certa tarde meu marido resolveu tirar uma soneca ali, pois o colchão era um pouco mais confortável).
Ao lado da cama e dos beliches há um tipo de luminária e há um armário de madeira com duas gavetas, um cabideiro (sem cabides) e um lado com prateleiras.

O banheiro, como disse acima, fica do lado de fora, em frente ao quarto Punk.
Para usarmos, o abríamos com chave. Sua maçaneta e fechadura eram velhas e, por isso, duras e barulhentas. Abrir a porta não era tao fácil!

Assim como o quarto, ele não é dotado de janela externa, apenas duas janelas que dão para os corredores (e que estavam fechadas) e com isso, o particular cheiro de ambiente úmido e fechado era forte!
O bom é que ele também tinha pé direito alto e era grande. Há uma separação entre a área do chuveiro / vaso sanitário e do lavabo e isso é bom, pois o ambiente não ficava muito molhado.

Acabei não fazendo fotos de dentro do banheiro (desculpem-me). A 1° foto mostra a entrada do quarto tango (lado esquerdo da foto) e ao fundo a janela fechada do banheiro; a 2° foto, a entrada do banheiro, em frente ao quarto Punk

Valores 2015

O sábado do final de semana prolongado nos custou ARS 600 e a sexta e o sábado do último final de semana nos custou ARS 450 por noite. O domingo e os dias de semana nos custaram ARS 380, com uma soma de ARS 3780 ou R$ 1080,00 pelas 9 noites.

Apenas para uma comparação, na mesma época, o quarto mais econômico que restava do hotel Plaza, com duas camas de solteiro e um berço, pagaríamos R$ 1600,00. Se quiséssemos com cama de casal, subiria para R$ 2100,00.

Verifique aqui ou faça a sua reserva

Resumindo

Indico sim o Casona de Don Jaime, pois é um ótimo hostel. E’ limpo e acolhedor, com um staff bastante simpático e atencioso. A localização é central, próximos à várias lojas, restaurantes, bares, mercado e farmácia. E’ possível ir a pé a toda atração turística. Porém, não gostei do quarto Tango.
Peçam os que tem janela para a área externa e, se for de preferência, banheiro interno.

Dos quartos que bisbilhotei, o Punk tem janela e banheiro interno. O Flamenco parece que tem banheiro dentro, mas a janela dá para o corredor de fora (porém pouca gente circula ali).
Outro quarto que visitei foi o Generala, pois ao reclamar do Tango, me ofereceram ficar neste quarto durante a semana. (Neguei. Se fosse para ficarmos direto nele, até aceitava, mas deveríamos retornar na sexta feira e seriam apenas 2 dias ali).
O quarto fica em cima da cozinha. Para entrar, precisa pedir licença à quem está sentado em uma das mesas, abrir uma portinha e subir escadas.
O quarto é bem ventilado e iluminado, com um bom banheiro. O que achei bacana é que ele tem uma mesinha, mas talvez venha muito barulho da área externa!


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About Juliana (www.turistando.in)

Mãe do Léo, professora de italiano e apaixonada pelas maravilhas do mundo.

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