35 atrações para você visitar na parte central de Roma (Roma Barroca)

35 atrações para você visitar na parte central de Roma (Roma Barroca)

Terceira parte do super guia com muitas atrações imperdíveis em Roma. Neste roteiro darei destaque à parte central da minha Roma Turística, que compreende uma das maiores atrações da cidade.

[ATUALIZADO EM 2019]. Atualizei meu antigo post sobre a “Roma Barroca”, inserindo aqui mais atrações. Se você visitou a capital italiana recentemente e encontrou alguma informação diferente ou algo que poderia ser acrescentado, nos escreva nos comentários.

Este post faz parte de um post maior, um guia mais organizado da cidade de Roma. Nele, além da organização deste roteiro, tem dicas de sobrevivência na capital italiana. Agora, mostro um modo fácil de simplificar seus dias em Roma e Vaticano.

Super Guia Roma: Roteiro com 67 atrações imperdíveis

Guia Roma parte III: Roteiro Roma Barroca

Vamos agora para a parte que eu chamo de Roma Barroca (veja também a parte do Vaticano e a parte Roma antiga). 

Observando agora o mapa abaixo, veremos que o trajeto é bem extenso. Coloquei aqui 35 atrações, mas saiba que existem muitas outras igrejas, praças, palácios e ruínas nesse caminho.

Acho interessante entender o mapa turístico da cidade e organizar seus passeios pensando nele. Se você ainda não o viu, clique aqui para abri-lo.

Clique para aumentar de tamanho

Para criar este roteiro pelo centro de Roma, decidi iniciar na estação Roma Termini, mas fiz de um modo no qual passarei por alguns pontos-chave para os outros dois roteiros que criei:
* Piazza Spagna, que fica nas proximidades da Piazza del Popolo (término do roteiro Vaticano);
* Piazza Navona, que fica nas proximidades da Ponte Sant’Angelo;
* Piazza Venezia, fica nas proximidades do Fórum Romano (término do roteiro do sul).

Tenha em mente que irei colocar abaixo apenas os pontos que considero principais, mas no meio do caminho você encontrará diversos pedaços de uma Roma antiga em ruína, além de várias outras igrejas, museus e palácios que provavelmente serão interessantes!
Roma é cheia de surpresas!

Mas vamos para o roteiro:

Vamos começar pela praça da estação de Roma Termini. Não é difícil de perceber nosso caminho, pois ali já vemos prédios de tijolinhos que nos indicam ruína e antiguidade. O caminho que seguiremos é sentido Piazza Reppublica, pela Viale Luigi Einaudi.

Mas antes, 3 coisas para apreciar: na praça da estação há uma estátua em homenagem ao Papa João Paulo II;

Do outro lado da rua se encontra Palazzo Massimo, um dos quatro edifícios do Museu Nacional Romano (e segundo um casal de alunos, o melhor dos quatro, seguido do museu das termas) e mais a frente há uma praça com um dos 13 obeliscos antigos de Roma. Este, o obelisco egípcio Dogali, alto 6 metros da época de Ramses II (1279-1213 a.C.).

#01 Basílica Santa Maria degli Angeli e dei Martiri

As ruínas que vimos da praça da estação são as ruínas da antiga Termas de Diocleziano. No século XVI, Pio IV confiou a Michelangelo o projeto de criação de uma basílica com convento no local, a Basílica de Santa Maria dos Anjos e dos Mártires. Sua fachada é curiosa, pois utiliza as ruínas, mas seu interno é maravilhoso.

Aconselho visitá-la ao meio-dia solar (cerca de 10:54 no final de outubro até 11:24 em fevereiro) para apreciar a Meridiana ou relógio de sol de Bianchini. A luz do sol atravessa um pequeno orifício na parede e ilumina a linha meridiana diariamente.
No solstício de verão, o sol está no seu ponto mais alto no céu e o raio de luz ilumina a linha no ponto mais perto da parede. No solstício de inverno, no mais afastado e, nos dois equinócios, em pontos intermediários. Quanto mais longa a linha meridiana, mais acuradamente se pode calcular a duração do ano e a linha em Santa Maria, de bronze encapsulado em mármore branco amarelado, tem 45 metros de comprimento (via wikipedia).

Horário de abertura: Todos os dias das 7h30 às 19h30. Durante as missas não é permitida visita. 
Foto de faungg’s photos

#02 Praça da República (Piazza della Repubblica)

A praça é bem interessante de se ver de dia e de noite. No centro há uma fonte, a Fontana delle Naiadi, que representam a Ninfa dos lagos (com um cisne), Ninfa dos Rios (deitada com um monstro), Ninfa dos Oceanos (em um cavalo) e a Ninfa das águas Subterrâneas (com um dragão). Ao centro, se encontra o Grupo de Glauco, que simboliza o domínio do homem sobre as forças naturais.

Olhando a foto acima, veremos ao fundo um conjunto de prédios, embelezados com um pórtico semicircular. Aliás, aqui se encontra um dos melhores (e mais caros) hotéis 5 estrelas de Roma: o Palazzo Naiadi Roma. Aliás, que tal reservá-lo para sua viagem em Roma ser fantástica e deixar uma blogueira feliz?

Foto de Pasgabriele

#03 Museu Nacional Romano nas Termas de Diocleziano (Museo Nazionale Romano)

Seguindo, encontraremos uma praça que virou estacionamento. Ao fundo, mais ruínas. O que vemos ali ainda é um trecho das Termas de Diocleciano. Esta parte é a entrada do Museu Nacional Romano.

Mas antes, bem em frente ao museu, há um monumento “escondido” chamado de Coluna de Via Parigi ou Monumento da Caravela, um presente de Paris à Roma. Para quem não sabe, o brasão de Paris é uma caravela.

Mas voltando ao museu, a parte não ocupada pela igreja acolhe um acervo de peças da antiguidade romana, incorporando diversas coleções arqueológicas já existentes e objetos provenientes de novas escavações.

No claustro projetado por Michelangelo hoje são expostas cerca de 400 obras de escultura de todos os tipos (estatuária, elementos de arquitetura, sarcófagos, lápides e altares). Nas salas I a IX são mostrados itens de arte fúnebre, como sarcófagos, e material proveniente do sítio arqueológico das Termas, e as salas X a XII são dedicadas a exposições temporárias.

Horário de abertura: De terça à domingo das 9h às 19h30. Segunda feira fechado. 
  A Tiqets vende um bilhete combinado de 3 dias para os quatro Museus Nacionais: Palazzo Altemps, considerado o 3º melhor museu em Roma pelo Guardian,  a escavação arqueológica na Crypta Balbi, as obras de arte antigas no Palazzo Massimo e esse museu nas Termas de Diocleciano com a Sala Octogonal.
Fotos de Lalupa

#04 Fonte do Moisés (Fontana del Mosè)

Agora vamos seguir a rua Vittorio Emanuele, mas antes de chegar na XX Settembre, veremos uma fonte diferente e interessante. Ela foi dividida em um grupo de três esculturas envolvidas em três arcos e é popularmente chamada de Fonte de Moisés. Seu nome original é Fontana dell’Acqua Felice (Fonte da água feliz) em referência ao  papa Sisto V, o Felice Peretti.

O nome popular foi dado porque no arco central está uma enorme estátua de “Moisés”. Para quem tiver curiosidade, à esquerda é “Aarão” e à direita, “Josué”.  A água desta fonte escorre das estátuas até as piscinas, onde quatro leões jorram água.

Foto de Carlo Dani 

#05 Igreja de Santa Maria da Vitória (Chiesa di Santa Maria della Vittoria)

Chiesa di Santa Maria della Vittoria na Roma BarrocaViu a igreja do outro lado da rua? Me lembro como foi difícil achá-la. Não sabia direito o seu nome (apenas que tinha uma linda escultura do Bernini) e ninguém soube me dar informações. Naquela época (2008) a internet em celular não era avançada e ela não constava em meu mapa. Além da volta que dei, peguei muitas ladeiras.

Mas o que tem de bom? Tem Bernini! 😉

Na capela ao lado do altar se encontra o grupo de escultura que Bernini fez para o cardinal veneziano Federico Cornèr (Cornaro), chamada Estasi di santa Teresa d’Avila. Ela representa a experiência mística de Santa Teresa de Ávila trespassada por uma seta de amor divino por um anjo.

A capela é constituída de um altar convexo e, ao fundo, abre espaço para uma iluminação que desce da janela no teto. Assim, as esculturas em mármore são iluminadas com uma luz que “chove” do alto, como se fossem raios metálicos dourados.

E ao lado da santa, alguns personagens da família Cornaro assistem à cena na “plateia”. Todo o conjunto é decorado com ouro, afrescos e mármore.

 Aproveitando: A Get Your Guide oferece um Passeio a pé para os amantes de Bernini que começa nesta igreja. Uma boa opção para quem ama esse grande artista e tem um pouco mais de tempo livre.

Horário de abertura: Todos os dias das 7h às 12h e das 15h30 às 19h. Durante as missas não é permitida visita.  

#06 Porta Pia

Extra, extra, extra 
Aqui farei um pequeno desvio em nosso roteiro, para quem tiver tempo. Siga a XX Settembre (ao sair da igreja, vire a sua esquerda) uns 800m. Veremos aqui uma das portas de Roma.

As cidades italianas eram cercadas por muros, por isso, tinham diversas portas de entradas. Algumas resistiram com o tempo e a Porta Pia é uma das portas do muro Aureliano.

Ela tem de especial ser um dos últimos projetos de Michelangelo, já velhinho. A fachada que ele desenhou (a da foto) é a considerada fachada interna (porque estaria do lado de dentro da cidade). A fachada externa é em estilo neoclássico desenhado por Virginio Vespignani. Dentro, se encontra o Museo Storico dei Bersaglieri.

Por aqui também ocorre o famoso Mercato di Antiquariato di Porta Pia (feira de antiquário e colecionismo), no 2° domingo do mês, a partir das 10h. São aproximadamente 60 banquinhas que se pode encontrar móveis, livros, selos, quadrinhos e muitos outros objetos.

Foto de Jeremy Cherfas

Deste trecho, ao invés de retornar para o meu roteiro, você pode seguir a Corso Italia até o Parco Borghese, indicado no roteiro do Norte + Vaticano. Ali encontramos o lindo Museo Borghese, mas este caminho é interessante, pois veremos uma boa parte do Muro Aureliano, construído no sec. V e a Porta Pinciana, na entrada do parque.

#07 Cruzamento das 4 fontes (Incrocio delle Quattro Fontane)

Voltemos ao ponto #5 e continuemos pela XX Settembre! Imaginem minha surpresa quando, perdida pelas ruas de Roma em 2008, encontro um cruzamento com uma fonte em cada esquina?
Eu estava em frente às ditas Quatro fontes (Quattro Fontane), que representam o rio Tevere (Roma); o rio Arno (Florença); a deusa Diana (símbolo da castidade) e a deusa Juno (símbolo da força).

Essa foto do R. Bitzer de 2008 é bem interessante. Podemos ver 3 das 4 fontes deste cruzamento

Tempos depois descobri que deste cruzamento podemos ver (quem tem boa vista, claro) o obelisco Esquilino, o obelisco Sallustiano (Trinità dei Monti), o obelisco del Quirinale e a fachada da Porta Pia, de Michelangelo.

Foto de R. Bitzer

#08 São Carlos nas 4 fontes (Chiesa di San Carlino alle Quattro Fontane)

Chiesa di San Carlo alle Quattro Fontane (ou chiesa di San Carlino) na Roma BarrocaApós me surpreender com as fontes, vi que havia uma igreja. Achei sua fachada muito curiosa. Ela foi pelo arquiteto suíço Francesco Borromini (ex amigo de Bernini – rs) e dedicada ao arcebispo Carlo Borromeo. Aliás, além de Caravaggio e Bernini, Borromini é outro grande nome em Roma para os amantes de arte e arquitetura.

Na fachada, Borromini a divide em duas ordens: uma superior e outra inferior. A parte inferior é caracterizada por ter uma superfície côncava – convexa – côncava; enquanto a superior apresenta 3 partes côncavas, sendo que a parte central hospeda uma edícula convexa. É bem curiosa. Por dentro é muito pequena. Por isso o apelido “São Carlinho“!

Horário de abertura: Segunda à sábado das 10h00 às 13h00 e domingo das 12h às 13h. Fechada a tarde. Durante as missas não é permitida visita

Deste ponto você pode ir até a igreja de Sant’Andrea al Quirinale, obra pima de Bernini, onde explico um pouco no ponto #36

#09 Galleria Nazionale d’Arte Antica no Palazzo Barberini

Ao descer a Via delle Quattro Fontane, veremos um lindo palácio, o Barberini. Dentro podemos apreciar uma das unidades da Galeria Nacional de Arte Antiga, além de termos a possibilidade de conhecer o interno do palácio projetado para o papa Urbano VIII por Carlo Maderno.
O teto da sala central foi decorado por Pietro da Cortona con o tema da Allegoria della Divina Provvidenza para glorificar a familia Barberini.

A outra unidade dessa galeria se encontra no Palazzo Corsini, no bairro de Trastevere (perto do parque do Gianicolo), com  obras de Beato Angelico, Caravaggio, Rubens e muitos outros .

Nesta galeria encontramos quadros e esculturas de grandes artistas. Dos meus favoritos, o museu abriga duas obras de Bernini, Caravaggio, El Greco e uma obra de Canaletto, Rafaello, Tiziano e Tintoretto.

Horário de abertura: Todos os dias das 7h30 às 19h30. Durante as missas não é permitida visita 
Foto de Rodney
Compre o bilhete fura-fila pela Tiqets.

#10 Piazza Barberini

Ao fundo, o famoso hotel Bernini.Próximo ponto, a Piazza Barberini, que exibe duas fontes de Bernini: a Fontana dei Tritone; uma de suas primeiras fontes e a não tão exuberante, Fontana delle Ape.

A primeira escultura mostra Tritão, mítico personagem da mitologia grega, filho de Netuno, cujo tronco era de um homem e as pernas eram a cauda de um peixe.

Nesta escultura, ele está bebendo água de uma concha, apoiado por quatro grandes golfinhos (símbolo da família Barberini) de duras feições.

Ao fundo da praça, o famoso 5 estrelas hotel Bernini, que se não me falha a memória, é o hotel que o personagem de Tom Hanks se hospeda em Anjos e Demônio. (que tal fazer uma reserva aqui para deixar uma blogueira feliz? )

#11 Museu e Cripta dos Capuchinhos (Museo e Cripta dei Frati Cappuccini)

Contornando a praça Barberini, entre na rua Vittorio Veneto. Na parte inferior da igreja Santa Maria della Concezione dei Cappuccini vocês encontrarão a cripta dos capuchinhos (cripta dei cappuccini), com capelas bem pitorescas e um pouco macabra.

A cripta subterrânea é dividida em seis capelas: Cripta della resurrezione; Cappella per la messa; Cripta dei teschi; Cripta dei bacini; cripta delle tibie e dei femori; Cripta dei tre scheletri e os ossos de mais de 4.000 frades sepultados entre 1500 e 1870 estão dispostos de forma elaborada, transformando o espaço em uma macabra obra de arte. Alguns esqueletos estão intactos e ainda vestidos em hábitos franciscanos.

Na primeira capela, uma frase curiosa no chão: «Quello che voi siete noi eravamo; quello che noi siamo voi sarete» (Aquilo que vocês são hoje, nós já fomos; o que nós somos hoje, vocês serão).

A escolha de decorar a cripta com ossos parece macabra a algumas pessoas, mas era um modo de exorcizar a morte e sublinhar que o corpo é apenas um “contêiner” para a alma e que, quando esta deixa de usar seu contêiner, pode ser utilizado de outro modo. As criptas são bem montadas e não me provocaram medo, mas essa não foi a mesma opinião de meus alunos.

ps: no museu podemos apreciar mais uma obra Caravaggio. Apenas às quartas-feiras, às 17h, ocorre uma visita guiada ao museu e à cripta com concerto de música, ingresso vendido pela Tiqtes

Horário de abertura: Todos os dias das 9h00 às 19h00.
  Custa 8,50€ para entrar. Veja os bilhetes fura-fila com atraçoes pela Tiqtes e Get your Guide.

#12 Piazza Spagna e Trinità dei Monti

Piazza di Spagna com Escadaria e igreja Trinità dei Monti

Bem em frente à igreja pegue a Via dei Cappuccini e vá até a Via Sistina. São 650m caminhando até a parte superior da Trinità dei Monti. Da Sistina já será possível ver o obelisco Sallustiano, um dos 13 antigos de Roma.

Em frente a igreja se encontra uma escadaria com 135 degraus (chamada de Spanish Steps em inglês, mas seu nome original é Scalinata Trinità dei Monti), enfeitada na primavera por flores brancas e rosa.

Na base da escadaria está a Praça Espanha, um dos pontos de encontro diurno e noturno de romanos e turistas. A fonte no centro da praça, na forma de um barco, é afetuosamente chamada pelos romanos de La Barcaccia, ou velha banheira.

É atribuída a Pietro Bernini. Segundo dizem, esta foi inspirada pela chegada à praça de um barco durante a inundação do rio Tibre em 1598.

Se você olhar direito no mapa, verá que a Piazza Spagna está bem perto da última praça que visitamos, a Piazza del Popolo. Daquele ponto, caminhe pela Via del Babuino e em 700m você chegará ao ponto de início deste roteiro. Lembrando que também tem uma estação de metrô aqui.

  Para os amantes da pintura metafisica, que tal visitar a Fondazione Giorgio De Chirico? Aos amantes de moda, este é o point da alta costura romana.

#13 Palácio da Propagação da Fé (Palazzo di Propaganda Fide)

Iremos retornar um pouco ao lado que estávamos anteriormente. Da Piazza Spagna, siga em direção à Colonna dell’Immacolata. Ao fundo vocês verão o Palazzo di Propaganda Fide, um dos 11 prédio papais fora do Vaticano.

Porém, a fachada mais interessante deste prédio se encontra na Via di Propaganda. Considerado um dos mais importantes exemplos da arquitetura barroca de Roma, foi projetado pelos grandes Bernini e depois Borromini. Este último, que projetou a fachada côncava-convexa do San Carlino, fez a mesma coisa nesta fachada.

Em seu interno, está a Cappella dei Re Magi, também de Borromini. Neste momento (2019) a entrada ao museu está fechada para restaurações. Para ter mais explicações, aconselho uma visitinha neste blog em inglês

Horário de abertura: Fechado para restauros. Verifique no site 
Foto de Miguel Hermoso Cuesta

#14 Galleria d’Arte Moderna

Retornando sentido à Praça Barberini, na Via Francesco Crispi, encontramos a Galeria de Arte Moderna de Roma. O museu hoje conta com aproximadamente 3.000 obras (a maioria são quadros, mas também há esculturas) do Realismo, Simbolismo, Divisionismo, com destaque para os artistas italianos De Chirico, Morandi, Guttuso, Mafai, Balla, entre outros.

Horário de abertura: Das 10h às 18h30. Fechado às segundas 
  Compre seu bilhetes fura-fila pela Tiqets.

#15  Fontana di Trevi

Fontana di Trevi na Roma BarrocaChegamos agora a um dos pontos turísticos mais visitados de Roma. A Fontana di Trevi, a queridinha dos turistas, é a maior e mais ambiciosa construção de fonte barroca da Itália com quase 26 metros de altura e 20 metros de largura.

Fellini a imortalizou após filmar a famosa cena do “La Dolce Vita” dentro de suas águas e um ano depois, o maravilhoso Totò nos diverte com seu belíssimo e divertido “TotòTruffa 62” (o trecho hilário se encontra no YouTube com o nome de Tototrufa Fontana di Trevi).
A cara barroca desta fonte foi uma contribuição de Bernini, mas não foi ele quem terminou o projeto, apesar de existir muitos detalhes de sua ideia original.

Tradição: Diz a lenda que, se você ficar de costas para a fonte e jogar uma moedinha, você retornará a Roma. Se é verdade, não sei, mas não custa nada, não é? Eu joguei e voltei mais duas vezes e tenho planos para uma outra visita na cidade eterna!

#16 Palácio do Quirinal (Palazzo del Quirinale) + jardins

Mais um belo palácio romano que fazia parte do estado papal e que hoje é residência oficial do Presidente da Itália. Se você tiver tempo, aconselho reservar com 5 dias de antecedência, a visita guiada.
Há dois tipos de visita: um gratuito (salvo os 1,5€ da reserva) e outro, mais completo, com a opção de conhecer também os jardins do palácio, custa 10€.

Em frente se encontra o obelisco egípcio do Quirinale – 15 metros de altura, mais um dos 13 antigos obeliscos de Roma.

Do lado oposto, na mesma praça, se encontra a Scuderie del Quirinale, um espaço para apresentação de mostras temporárias. No 1° semestre de 2019 eles apresentaram uma mostra sobre o Da Vinci.

Horário de abertura: Visita apenas na terça, quarta, sexta, sábado e domingo –  das 9h30 às 16h. Reserva antecipada (aqui)
Foto de PacoPetrus

#17 Palazzo Colonna + Giardini di Montecavallo

Um dos maiores e mais antigos palácios de Roma. Internamente exibe toda a riqueza que esbanjava a família Collona.

Além dos “Apartamentos da Princesa Isabel”, o que mais atrai os visitantes é a Galleria Colonna, com a magnífica coleção de arte barroca dos Colonna, uma das maiores coleções de arte particulares em Roma. Destaque para Salviati, Tintoretto, Carracci, Pinturicchio e Jan Brueghel, o Velho.

Além da galeria, que tal também fazer uma visita aos jardins do Palazzo, chamado de Giardini di Montecavallo?

O ruim é que este suntuoso palácio abre ao público apenas na manhã dos sábados. Nos outros dias, a visita é feita apenas com reserva antecipada pelo e-mail info@galleriacolonna.it (parece que eles garantem 10 ingressos diários).

Horário de abertura: Apenas aos sábados, das 9h às 13h. 
  Compre seus bilhetes fura-fila pela Tiqets.

Antes de chegar no Doria Pamphili, podemos dar uma passada no Palazzo Odescalchi, restruturado pelo Bernini e ver pessoalmente o “Conversione di Saulo” de Caravaggio. Esse palácio infelizmente não abre suas portas aos públicos, exceto para o pessoal do Touring Club. O último passeio ocorreu, segundo o site, em janeiro de 2018. Mas não custa entrar em contato, não é?

#18 Galleria Doria Pamphilj

Mais um palácio suntuoso que abriga uma das melhores coleções de arte privada de Roma. Além da beleza de seus cômodos, ali dentro podemos admirar obras de Bernini, Bruegel il Vecchio, 4 quadros de Caravaggio, Carracci, Parmigianino, Raffaello, Tiziano e Velázquez (o famoso Ritratto di Innocenzo X).

Em alguns dias da semana, ocorre um concerto de música clássica, mas aconselho a comprar com antecedência (poucas vagas e horários).

Horário de abertura: Todos os dias das 9h às 19h.
Compre bilhetes fura-fila incluindo o concerto pela Tiqets ou pela Get Your Guide.

#19 e #20 Palazzo Chigi e Palazzo Montecitorio + Coluna de Marco Aurélio

Pegue a via del Corso, vamos dar uma passada em 2 importantes palácios italianos, o Chigi e o Montecitorio.

Mas antes, no n° 239, deem uma entradinha no pátio do Palazzo Sciarra Colonna di Carbognano, um imponente palácio com afrescos dedicados à vida das mulheres.
A entrada até esse átrio, pelo que entendi, é grátis!

Foto de Markos90

Bom, vamos ao que interessa: o Palácio Chigi é a sede do governo italiano e a residência do presidente do Conselho de Ministros. O Palazzo Montecitorio, desenhado pelo Bernini, é a sede da Câmara dos Deputados.

É possível visitar esses dois palácios gratuitamente. O Palácio Chigi oferece a visita guiada com prévia reserva durante 2 sábados do mês, das 9 às 12, entre os meses de setembro a julho.
Para isso, é necessário enviar um pedido inserindo nome completo, local e data de nascimento junto a um contato telefônico para o e-mail visite@palazzochigi.it. Chatinho, não?

O Palazzo Montecitorio não exige reserva antecipada, mas abre suas portas apenas no primeiro domingo de cada mês. De qualquer forma, a vista externa vale a pena. Em frente ao Palazzo Chigi se encontra a Coluna de Marco Aurélio (que também dá nome à praça) uma homenagem de seu filho Comodo para celebrar a vitória do pai na campanha germânica.

Sua altura é de quase 30 metros e é toda desenhada em baixo-relevo. Na praça do Montecitorio podemos avistar outro dos 13 obeliscos antigos, o obelisco egípcio Solar, com uma altura de 22 metros, da época de Psammetico II (594-589 a.C).

Foto de Lorenzoclick e Simone Ramella

#21 Igreja de Santo Inácio de Loyola (Chiesa di Sant’Ignazio di Loyola)

  Antes de nossa próxima parada, passaremos por mais uma ruína, desta vez do sec. II d.C.
Em frente ao Palazzo Chigi, pegue a Via dei Bergamaschi. No outro quarteirão, estaremos na Piazza di Pietra e ali, veremos os restos da fachada do Tempio di Adriano.

Foto de Palickap

Agora vamos para a igreja de Santo Ignazio, que fica atrás destas ruínas. Ela foi construída em estilo barroco para homenagear o jesuíta, com imponentes pilastras coríntias que estruturam todo o interior.

O que me fez indicá-la em minha rota turística pela Roma barroca é o grandioso afresco feito por um irmão jesuíta, Andrea Pozzo, que se estende por todo o teto da nave (Gloria di Santo Ignazio), e principalmente o seu melhor trabalho feito na cúpula, um belo trompe-l’oeil.

Meu conselho: Entrem na igreja e sigam devagar sentido o altar maior, parando a cada 10 passos e sempre olhando o teto e a cúpula. Depois parem exatamente embaixo da cúpula e a admirem!
Surpresos?????

Horário de abertura: Segunda à sàbado das 7h30 às 19h. Domingo e feriados  das 9h às 19h.  

#22 Basilica di Santa Maria sopra Minerva

Siga as placas que indicam o Pantheon, mas antes você encontrará a Basilica di Santa Maria sopra Minerva, a única igreja gótica de Roma, construída sobre o templo de Isis pensando que fosse de Minerva (sopra em italiano significa “em cima de”).

Será fácil identificá-la. Em frente, encontraremos mais um dos 13 obeliscos antigos. O Obelisco da Minerva egípcio, da época de Aprie (VI a.C.), foi colocado acima de um curioso elefante, projetado pelo grande Bernini.

A fachada de 1453 é da primeira parte do Renascimento. Seu interno ricamente decorado hospeda a tumba da Santa Caterina de Siena e do pintor italiano Beato Angelico. A capela mais famosa é a Carafa, no final do transepto direito, devido aos afrescos de Filippino Lippi.
Mas seu maior tesouro é a grande estátua do Cristo Ressuscitado de Michelangelo.

Horário de abertura: Segunda à Sexta das 7h às 19h; Sàbado das 10h às 12h e das 15h30 às 19h. Domingo e feriados  das 8h às 12h30 e das 15h30 às 19h. 
Foto de Jensens

#23 Pantheon

Chegamos até uma das maiores obras da humanidade, o Pantheon (ou redonda, devido a seu formato), um prédio da época romana, construído em 27 a.C. e que se encontra em perfeito estado de conservação (único).

Originalmente era templo dedicado a todos os deuses romanos (daí o seu nome) e, no século VII a igreja católica o salvou do vandalismo e destruição que as antigas construções da Roma antiga sofreram durante o início do período medieval, mantendo-a assim como uma igreja.

O interior em mármore e as grandes portas de bronze resistiram ao passar do tempo, ainda que estas últimas tenham sido restauradas mais de uma vez.
Hoje o lugar é um mausoléu de italianos importantes como Carracci, Peruzzi, Vittorio Emanuele II – conhecido como 1° rei da Itália, seu filho Umberto I e sua esposa, rainha Margherita di Savoia, além do pintor Rafael Sanzio .

No centro foi construído uma imensa cúpula, estudada por muitos arquitetos (inclusive Bruneleschi, arquiteto da cúpula no Domo de Firenze) com um óculo central.

Para prestar atenção: Diante de toda a grandeza deste antigo templo romano, o que mais chama atenção do turista é exatamente o óculo no centro do domo.
Dependendo do horário, a iluminação dentro muda (a foto com a claridade entrando, tirei no dia 19 de julho às 15h20;). Há também uma plaquinha indicando o que ocorre quando chove. Nunca estive ali em dia de chuva, mas deve ser interessante!
😉

E já que estou evidenciando os obeliscos antigos, em frente ao Pantheon há uma fonte com o obelisco Macuteo, também egípcio da época de Ramses II (1279-1213 a.C.),

Horário de abertura: Segunda à sàbado das 9h às 19h30; domingo das 9h às 18h; feriados  das 9h às 13h.
Foto de cococc 
  Ingressos com audio guia oferecido pela Tiqtes

#24 Igreja San Luigi dei Francesi

  Nossa próxima parada é para os amantes de Caravaggio, mas antes, que tal pegar uma viela por trás do Pantheon (Via della Palombella) para apreciar a curiosa fachada, com o símbolo da família Medici, do Palazzetto di Tizio di Spoleto?

Foto de sailko

Mas vamos ao que interessa: ver três Caravaggios!
Sim, três!!!!!!!
Conheci a igreja San Luigi dei Francesi em minha última visita à Roma. Não sabia de sua existência até um colega italiano me levar até ela e conhecê-la foi uma grande surpresa para mim.

Esta igreja, do ponto de vista artístico, exalta a França através da representação de santos e de personagens históricos como estátua de Carlos Magno, São Luís, Santa Clotilde e Santa Joana de Valois.

A capela com a tríade caravagesca ou tríade de San Matteo

Porém, o que chama turistas nesta igreja renascentista e que me surpreendeu é a capela Contarelli, que abriga 3 obras primas de Caravaggio, a famosa tríade caravagesca com: Martirio di San Matteo, San Matteo e l’angelo e Vocazione di San Matteo. Três belíssimos quadros!

 Aproveitando: A Get Your Guide oferece excursões exclusivas para amantes de Caravaggio em Roma. Parece bem interessante! Um deles custa 200€ para um grupo de no mínimo 2 pessoas. Simulei este pacote para 10 pessoas e o valor não se alterou! Perfeito para famílias, não?

Horário de abertura: Manhã: Segunda à Sexta das 9h30 às 12h45; Sàbado das 9h30 às 12h15; Domingo das 11h30 às 12h45. Tarde: todos os dias das 14h30 às 18h30.

#25 Basilica di Sant’Agostino in Campo Marzio

Esta igreja, apesar de estar perto da piazza Navona, está fora do circuito turístico, mas em seu interior se encontram muitas obras de arte, como a Madonna di Loreto, ou Madonna del Pellegrini, um capolavoro de Caravaggio e um afresco do Profeta Isaia, feito por Raffaello Sanzio.

Além dessas duas obras, aprecie também a estátua da Madonna col Bambino de Andrea Sansovino e, no altar maior, a Madonna del parto de Jacopo Sansovino que, segundo tradição popular, seria milagrosa.
Tal estátua, segundo uma lenda, teria sido realizada adaptando uma antiga estátua de Agrippina, que segurava aos braços Nero, ainda pequeno.

Horário de abertura: Todos os dias das 7h30 às 12h e das 16h00 às 19h30. 

Atração extra: No quarteirão atrás desta igreja se encontra a igrejinha Sant’Antonio dei Portoghesi.  Nesta mesma rua, ao lado da igreja, veremos uma torre medieval chamada Torre della Scimmia (Torre do macaco).

Vou contar aqui uma lenda: Dizem que no palácio vivia uma família nobre, que havia acabado de ter um filho, também tinha um macaquinho.

Durante a noite, este animal havia pego a criança no colo e o levado para o topo desta torre. As pessoas que viram a cena, assim como os pais da criança, começam a rezar para que nossa senhora (madonna) induzisse o macaco a devolver o recém-nascido para o colo da mãe e isso ocorreu. Por causa disso, decidiram manter para sempre uma lâmpada acesa em memória ao voto feito para a santa.

Então, se você passar por aqui a noite, verá uma luz acesa no topo da torre.

Foto de Lalupa

 

#26 Museo Nazionale Romano no Palazzo Altemps

Vimos no início deste roteiro dois dos quatro Museus Nacionais: aquele nas Termas de Diocleciano com a Sala Octogonal e a indicação do Palazzo Massimo. Aqui temos o Palazzo Altemps, considerado o 3º melhor museu em Roma pelo Guardian.

Mas o que faz dele um dos melhores museus?

A arquitetura do prédio é estupenda. O palazzo Altemps era a residência de Girolamo Riario (o ambicioso sobrinho de Papa Sisto IV – quem viu séries retratando este período, sempre o viu como vilão), passando depois para a família Altemps.

O acervo deste museu é feito basicamente de esculturas, sendo alguma delas restauradas por Bernini

Horário de abertura: Todos os dias das 7h30 às 19h30. 
A Tiqets vende um bilhete combinado de 3 dias para os quatro Museus Nacionais: Palazzo Altemps, a escavação arqueológica na Crypta Balbi, as obras de arte antigas no Palazzo Massimo e para o museu nas Termas de Diocleciano com a Sala Octogonal.

Foto de Sailko

#27 Piazza Navona

Chegamos a uma das praças mais visitadas, a piazza Navona. A sua forma assemelha-se à dos antigos estádios da Roma Antiga, seguindo a planificação do Estádio de Domiciano, que pode ser visitada através da atração chamada  Piazza Navona Subterrânea.

A origem do nome da praça deriva-se do nome do estádio: “Circo Agonístico” (do étimo grego Agonia, que significa exercício, luta, combate). Atualmente, o nome corresponde à corruptela da forma posterior in agone, depois nagone e finalmente navone.

A praça é linda e podemos apreciar a  igreja de Sant’Agnese in Agone projetada por Borromini. Em alguns dias da semana ocorre dentro desta igreja uma visita guiada com concerto de música barroca em instrumentos originais, oferecido pela Tiqtes.

Temos também o Palácio Pamphilj sede da embaixada do Brasil na Itália desde 1920. Se você quiser fazer uma visita guiada, aconselho correr para agendar a visita dentro do site do Itamaraty, mais precisamente nesse site. Poucas vagas e datas para aqui 3 meses.

Além disso, ela tem 3 lindas fontes. Duas de Giacomo della Porta: a Fontana di Nettuno (1574), na área norte da praça, e a Fontana del Moro (1576), na área sul.
No centro, uma das mais lindas fontes de Roma, a Fontana dei Quattro Fiumi, claro, de Bernini.

No topo desta fonte foi colocado um dos 13 obeliscos antigos de Roma e um dos 9 egípcios, apoiado em uma base “oca”.
As estátuas gigantes em mármore branco representam alegorias nuas dos quatro principais continentes do mundo (conhecidos até então) cortados por seus principais rios: Rio Nilo, na África; Rio Ganges, na Ásia, Rio da Prata, na América e o Rio Danúbio, na Europa.

Fofoca: reza a lenda que o povo não acreditava que este obelisco poderia ficar em cima de uma base oca. Respondendo às críticas, Bernini amarrou um fio no obelisco e em uma das casas ao lado e disse: Pronto, agora não caiOutra fofoquinha: Bernini tinha Borromini como maior inimigo. Guias turísticos nos divertirão com uma mentirinha: Dizem que o Rio de la Plata está com a mão ao alto para se proteger de uma possível queda da fachada da igreja (feita por Borromini). E’ divertido, mas a igreja foi feita depois da fonte! hehehehe

Bem perto da praça Navona se encontra o Palazzo Braschi, mais um museu no centro da cidade com boas exposições temporárias.

Fotos de Serghei Topor e gerry64 

#28 Santa Maria della Pace com o Claustro de Bramante (Chiostro del Bramante)

Mais uma igreja interessante para visitar dentro de Roma. Pertinho da praça Navona se encontra a igreja Santa Maria della Pace.

Nela temos um dos melhores exemplos da arquitetura renascentista da capital italiana: o Chiostro de Bramante (claustro de Bramante), feito pelo pintor e arquiteto Donato Bramante e com afrescos de Rafael Sanzio, a Sala delle Sibille.

A entrada é grátis, exceto se há alguma mostra exclusiva.

Horário de abertura: Todos os dias das 10h às 20h. 
Foto de gaspa 

#29 Igreja de Santa Maria em Vallicella ou “Igreja Nova”

Essa igreja não costuma estar na rota turística, mas seu interno é lindo e vale muito a pena conhecê-la. Para os amantes de arte, aqui veremos uma das mais lindas obras de Caravaggio, a “Deposição de Cristo” ou Deposizione em italiano.

Mas não para por aqui. Tem também alguns quadros de Rubens, um dos poucos trabalhos que lhe foi encomendado em Roma. E para terminar, Borromini projetou o oratório, que, no entanto, parece que se encontra há anos fechado ao público! ☹

Uma vez ao mês, a igreja promove uma visita guiada. Entrem no site e consultem a data e modo de reserva

Horário de abertura: Todos os dias das 7h30 às 19h30. 
Foto de Livioandronico2013

#30 Arco degli Acetari e Mercato di Campo de’ Fiori  

  Para chegar até Campo dei Fiori, aconselho pegarem a Via del Pellegrino, pois ao n° 19, vocês verão uma passagem em arco que atrai muitos turistas: é o Arco degli Acetari, com um quintal cercado de casas rústicas e parreiras. Segundo dizem, se encontra assim como era 300 anos atrás!

Mas vamos ao nosso ponto de interesse principal.
É o campo aberto onde ocorre o tradicional mercato di Roma, com especiarias e produtos frescos. Curiosamente é a única praça sem igreja na cidade!

No meio da praça há uma estátua, erigida em 1881, em homenagem ao filósofo Giordano Bruno, queimado vivo naquele local pela igreja católica na condição de herege, por afirmar, assim como Galileu Galilei, que a Terra é que girava em torno do Sol (e não o contrário, como apoiado pela igreja).

Conselho: Uma passadinha aqui para comprar (ou provar gratuitamente) uns queijinhos para comer no meio do caminho não fará nem um pouco mal a vocês!

Foto de Lorena Suárez e Lorena Suárez

#31 Palazzo Farnese

Na sequência, que tal passar em frente ao Palazzo Farnese, um dos palácios mais suntuosos da Roma renascentista, residência da família Farnese e atualmente acolhe a Embaixada da França na Itália.

Desenhado inicialmente por Antonio da Sangallo, um dos assistentes de Bramante, foi redesenhado por Michelangelo e completado por Giacomo della Porta.

A visita interna é feita apenas com a associação “Inventer Rome“, que pede reserva antecipada pelo site. O percurso permite visitar o atrio de Sangallo, o jardim, o salão com tapeçarias inspiradas nos afrescos de Rafael e a galeria Carracci.

Foto de 横浜kit @Yokohama-kit

#32 Palazzo Spada

Uma das minhas diversas surpresas ao fazer este guia!
Saindo do Palazzo Farnese, sigam pelo caminho que mostrei, um beco chamado Vicolo dei Venti. Quando este beco virar Via Capo di Ferro, vocês verão um prédio bem imponente.

É o Palazzo Spada, que abriga a Galleria Spada, dividida em quatro salas com obras do século XVI e século XVII. A coleção contém obras de Andrea del Sarto, Jan Brueghel il Vecchio, Artemisia Gentileschi, Guercino, Parmigianino, Guido Reni, Pietro Testa, Tiziano, Bernini, Hans Dürer, entre outros.

Mas não acaba por aí. Borromini, aquele suíço que assinou diversas fachadas de igrejas por Roma, foi responsável pela reforma do prédio e nele criou um corredor que hoje é chamado de “Perspectiva de Borromini”, que nos dá a falsa impressão de que o corredor tem mais de 30m, quando, na verdade tem apenas 8m.

  Compre o bilhetes fura-fila pela Tiqets.
Foto de

  Seguindo adiante, esta rua virará Via di S. Paolo alla Regola e no subterrâneo do prédio de n° 16, ao lado da biblioteca, encontraram restos de uma Roma antiga, chamada Insula romana di San Paolo alla Regola. Para visitar o local, eles pedem reserva antecipada e obrigatória através do n° de telefone: 060608. 

#33 Largo di Torre Argentina

Essa foi uma surpresa que tive caminhando por Roma. No meio de tanta coisa diferente, topei com uma praça, em um nível abaixo da rua, com algumas ruínas (e muitos gatos). Eram templos da época da República Romana, além de ruínas do Teatro de Pompeu.

O nome da praça não tem a ver com o país sul-americano, mas com uma cidade de Strasburgo. Após a unificação italiana, foi deliberada a reconstrução parcial de Roma (1909) que passaria pela demolição da zona da Torre Argentina, onde constam os restos de uma torre medieval, a Torre Papito ou Torre Boccamazzi.

No entanto, durante os trabalhos (1927), foram descobertas uma cabeça e braços em mármore de grandes proporções, cuja investigação traria algum esclarecimento em relação a esta zona, como uma zona sacra datada da era republicana. Os templos fazem frente a uma estrada pavimentada, datada da era imperial, após o incêndio de 80 d.C.

#34 Museu Nazionale Romano com a Crypta Balbi

 

Vimos neste roteiro três dos quatro Museus Nacionais Romanos: os das Termas de Diocleciano, do Palazzo Massimo, do Palazzo Altemps e agora veremos um pouco do museu da Crypta Balbi.

Diria que a Crypta Balbi é um museu diferente, que mostra a evolução de Roma ao longo dos séculos. Sabe aquela história de que embaixo de Roma existem várias Romas? Que existem camadas de cidade abaixo dos prédios que vemos atualmente (e o que dificulta a construção de linha de metrôs no subterrâneo?). Pois bem, podemos ver isso neste museu.

Neste complexo podemos ver extratos da idade romana (Porticus Minucia), da alta idade média (com a igreja-convento Santa Maria Domine Rose), do renascimento (com o convento de Santa Caterina) e do séc XVIII.

Horário de abertura: De terça à domingo das 9h às 19h45. Segunda feira fechado.
Foto de Sailko under CC 3.0
A Tiqets vende um bilhete combinado de 3 dias para os quatro Museus Nacionais: Palazzo Altemps, considerado o 3º melhor museu em Roma pelo Guardian,  a escavação arqueológica na Crypta Balbi, as obras de arte antigas no Palazzo Massimo e para o museu nas Termas de Diocleciano com a Sala Octogonal.

#35 Igreja de Jesus (Chiesa del Gesù)

Mais uma igreja pouco turística, mas com uma arquitetura opulente de deixar a boca aberta. A Chiesa del Gesù (Igreja de Jesus) é considerada a igreja mãe da Companhia de Jesus.

Internamente, temos um altar dedicado à Inácio de Loyola, obra de Andrea Pozzo, o mesmo que fez aquela cúpula incrível na igreja de Santo Inácio de Loyola.
Em uma das capelas, podemos ver uma série de quadros sobre a vida de San Francesco d’Assisi.
Muitos a usam para descansar e saem de lá maravilhados com tamanha beleza.

Horário de abertura: Diariamente das 7 às 12h30 e das 16 às 19h45 (aconselham visita no período da tarde). Para visitar as Camere di Sant’Ignazio: de segunda à sábado das 16h às 18 e domingo e feriados das 10h às 12h. 
Foto de Fczarnowski

Extras

O ruim de criar um roteiro sequencial é descobrir algo legal depois do roteiro finalizado. Um dia reorganizo este roteiro e insiro os extras que colocarei abaixo e que fui descobrindo com o tempo

#36 Chiesa di Sant’Andrea al Quirinale

Outra interessante igreja arquitetada pelo grande Bernini e que infelizmente não fui :(, mas que irei em minha próxima ida a Roma ;).
O próprio arquiteto a considera uma de suas maiores obras-primas.

A igreja de Sant’Andrea ao Quirinale fica nas proximidades da “San Carlo” sendo considerada uma grande referência do puro barroco italiano. Foi encomendada pela companhia de Jesus após seu sucesso com a igreja de San Carlo.
Neste trabalho, Bernini a projetou  em forma elíptica, com um eixo mais curto na entrada que no altar.

Horário de abertura: Terça a domingo das 9h às 12h e das 15h às 18h. 
Foto de Luca Aless

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About Juliana (www.turistando.in)

Mãe do Léo, professora de italiano e apaixonada pelas maravilhas do mundo.

34 thoughts on “35 atrações para você visitar na parte central de Roma (Roma Barroca)

  1. gente que roteiro super detalhado!! fiquei abismada com a quantidade de informacao! vou tentar fazer esse roteiro agora, o unico problema eh o calor insuportavel meodeos espero sobreviver ahuahe

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