Um dia na cidade de Braga em Portugal

Um dia na cidade de Braga em Portugal

Um dia na cidade de Braga em Portugal

A nossa ida para a cidade de Braga foi um pouco conturbada.
Chegamos tarde na noite anterior (fomos jantar no Dux) e acabamos acordando mais tarde do que deveríamos!

O dia amanheceu fechado em Coimbra e frio até iniciar a chover. Tivemos ainda um outro contratempo: A mudança de horário (para o horàrio de verao) e não vimos informação sobre isso em nenhum lugar.
Queríamos pegar o trem das 9h45, mas por causa desta 1h que perdemos, tivemos que esperar o outro que sairia às 11h45!

Chovia muito e não tinha o que fazer na cidade (queríamos deixar nossas coisas na estação e caminhar, mas não há lockers em Coimbra A!). Por isso, nos sentamos no café em frente a estação enquanto aguardávamos o horário do trem.
Pagamos 17,20 € pelo bilhete, mas ele não era direto e nem saia da estação que estávamos (Coimbra A). Tivemos que aguardar um que saísse de Coimbra A para Coimbra B e lá, aguardar o trem que iria sentido Porto.
A viagem foi tranquila, mas para nós, preocupantes: o trem partiu em atraso e, por causa disso também chegou em atraso. Em Porto Campanha tínhamos que trocar de trem e tínhamos apenas 3 minutos para isso!
Nossa sorte é que ele também chegou atrasado e não o perdemos!
Chegamos na cidade de Braga em baixo de garoa! Pegamos um taxi e a corrida deu 6€.

Nos hospedamos no Braga Pop Hostel, muito bem localizado, no centro da cidade. Outra boa escolha que fizemos. Dêem uma olhada no post que fiz sobre eles.

O Santuário do Bom Jesus do Monte

Chegamos por volta das 13h, creio, debaixo de chuva e com muita fome!
Em Braga, além do centro histórico, eu queria conhecer o Santuário do Bom Jesus do Monte, que era capa do meu guia DK!
A igreja fica um pouco distante da cidade e, para quem não está com carro, o ônibus sai da rua ao lado do hostel (não disse que estávamos super bem localizados?).
Comemos uma “frigideira” no primeiro local que avistamos e entramos no ônibus.
Chegamos lá perto do último horário do trenzinho (que eles chamam de elevador – eram quase 15hs) e só fomos com ele pois estávamos com medo de mais chuva e de escurecer rapidamente!

Meu conselho: subam, se quiserem, com o trem, mas desçam a pé! O caminho é maravilhoso!

O elevador, a “gruta” e a igreja vista da gruta

O santuário católico dedicado ao Senhor Bom Jesus constitui-se num conjunto arquitetônico-paisagístico integrado por uma igreja, um escadório onde se desenvolve a Via Sacra do Bom Jesus, uma área de mata (Parque do Bom Jesus) e o funicular (chamado Elevador do Bom Jesus).
Como eu sempre digo, mesmo para quem não é religioso, como eu, vale a pena pisar aqui! Todo o complexo é lindo, mesmo em um dia nublado!

A igreja é bonita, em estilo neoclássico, com duas torres em cada lado, lembrando bastante as igrejas de Minas Gerais. Ao lado, há um hotel, mas também um laguinho com uma pequena “gruta” (que me pareceu artificial) e um tipo de coreto na parte superior. Deste local, a visão da cidade é magnifica! Não ficamos muito tempo pois, além do frio, parecia querer chover!

Panorama de Braga
Panorama de Braga

E assim fomos descer o escadório, um pouco na pressa e por isso, acabamos nos perdendo em muitos (ricos) detalhes, que escreverei aqui. A descrição é de quem está na igreja e desce a escadaria (e não de quem sobe de escadas).

Escadório de Bom Jesus do Monte
Escadório de Bom Jesus do Monte

Bom, os escadórios estão divididos em três lances:

O Escadório das Três Virtudes, com três fontes dedicadas às Virtudes teologais: a (com a inscrição “Correrão dele águas vivas”), a Esperança (com uma figura da arca de Noé por baixo da qual cai a água e com a inscrição “Arca na qual… se salvaram almas”) e a Caridade (uma estátua de mulher com duas crianças nos braços, com a inscrição “São três estas virtudes… a maior delas, porém, é a caridade”)
O Escadório dos Cinco Sentidos, com cinco lances de escadas, intervalados por patamares com fontes alegóricas aos cinco sentidos, pela seguinte ordem: “Visão”, “Audição”, “Olfato”, “Paladar” e “Tato”.
Estas fontes são precedidas por outra, a “Fonte das Cinco Chagas”, onde se lê a seguinte inscrição: “Fontes de púrpura abriu então o ódio amargo; agora o amor transforma-os aqui em cristais para ti.”
Fonte da Visão: caracteriza-se por uma figura que lança água pelos olhos, e possui a inscrição: “Varão prudente, toma-as por um sonho e assim vigiarás.” Do lado direito, uma estátua de Moisés traz a inscrição “Aqueles que feridos olhavam saravam”, e outra de Jeremias, com a inscrição “Eu vejo uma cara vigilante”.
Fonte da Audição: caracteriza-se por uma figura que lança água pelos ouvidos, com uma estátua de Idito a tocar cítara e a inscrição “Que cantava ao som da cítara, presidindo os que cantavam e louvavam o Senhor”. Do lado esquerdo encontra-se David, com a inscrição “Ao meu ouvido darás gozo e alegria”, defronte a uma mulher com a inscrição “Tua voz soe aos meus ouvidos”.
Fonte do Olfato: Caracteriza-se por uma figura que lança água pelo nariz, com uma estátua de um varão encabeçada pela inscrição “Dai flores como o lírio e rescendei suave cheiro”. Do lado esquerdo encontra-se a figura de Noé, e do direito Sulamita com a inscrição: “A tua estatura é semelhante a uma palmeira… e o cheiro da tua boca é como o das maçãs”.
Fonte do Paladar: Caracteriza-se por uma figura que lança água pela boca, com uma estátua de José do Egito com um cálice e um prato nas mãos, e a inscrição “A tua terra seja cheia das bênçãos do Senhor, dos frutos do céu e do orvalho”. Do lado esquerdo, a figura de Jônatas com a inscrição “Provei um pouco de mel na ponta duma vara e eis porque morro” e, do direito, Esdras com a inscrição “Prove o pão, e não nos abandones, como o pastor no meio dos lobos”.
Fonte do Tato: Caracteriza-se por uma figura que segura uma bilha com as duas mãos, de onde lança água, com a estátua de Salomão e a inscrição “As minhas entranhas estremeceram ao seu toque”. Esta estátua está ladeada por Isaías,com a inscrição “Tocou a minha boca”, e a de Isaac, invisual, com as mãos estendidas à procura do filho e a inscrição “Chega-te a mim, meu filho, para que te toque”.
O Escadório do Pórtico, é a primeira, para quem chega ao local, e última, para quem desce e dá-se inicio pelo Pórtico do Bom Jesus, um arco no início da escadaria, onde se encontra o brasão com as armas do responsável pela sua construção, em 1723, o então Arcebispo de Braga, D. Rodrigo de Moura Teles. Neste lanço inicial encontram-se as primeiras capelas da Via Sacra do Bom Jesus, erguidas no mesmo período.
Os últimos lances (para quem desce) e o Pórtico
Os últimos lances (para quem desce) e o Pórtico

 

O escadório, num total de 581 degraus, culmina no Terreiro de Moisés, onde se localiza a Fonte do Pelicano e a Estátua de São Longuinho, a que se segue o adro e a Igreja do Bom Jesus.  (fonte Wikipedia)
Curiosamente pegamos para o retorno o ônibus com o mesmo motorista da ida, que nos indicou onde descer. Neste momento, começou a cair um pé d’água de encharcar dentro do ônibus (sabem aquelas janelas mal vedadas?)
O ponto era ao lado do hostel e esperamos a chuva diminuir para comprarmos algo no supermercado. Íamos comprar petisquinhos, mas achei ali uma embalagem de risotto de funghi secchi, que estava com uma cara muito boa (não aparentava ser aquelas tranqueiras químicas que se vende por aqui) e compramos! Mais uma garrafa de vinho, um saquinho de alface pré lavado, queijo parmesão, frutas, chocolate Milka e mais uma vez, menos de 10€ (não vale converter!!!!)!
O risotto realmente era muito bom! Super valeu a pena (apesar da demora para ficar pronto!), até porque, a chuva não parou!!!
Por do sol da sacada do quarto no Braga Pop Hoste
Por do sol da sacada do quarto no Braga Pop Hostel

Nosso plano era ter chegado cedo ontem em Braga, ter visitado a cidade e partir no nosso 7° dia, logo cedo, para Guimarães. Mas aquele imprevisto que ocorreu em Coimbra atrapalhou tudo e eu não queria sair de Braga sem visitar o centro histórico.

Para nossa sorte, a Helena (já comentei aqui que ela é muito simpática???), perguntou se topávamos fazer um free “city tour” com o pessoal do The Tourists’ Affairs (http://www.thetouristsaffairs.com/), uma agência turística da cidade.
Achamos interessante e perguntamos um pouco mais sobre o tour. Ela disse que uma pessoa nos encontraria em um ponto do centro da cidade e que, no período de uma hora, ele nos mostraria a cidade e o valor, seria gorjeta.
Aqui, entramos em uma nova questão: quanto dar de gorjeta?
Difícil, mas ela disse que o valor é livre e que poderíamos dar conforme a nossa possibilidade e avaliação do tour.
Vou ser sincera, estávamos apenas eu e meu marido (mais duas estagiárias do Pop Hostel que apenas fizeram o tour, mas não fizeram perguntas), mas compensa e muito entrar em contato com eles e reservar um city tour privado! Talvez o tour de um dia inteiro valha mais a pena, pois inclui a igreja que fomos no dia anterior!!!
Bom, encontramos com o João em frente ao café “A Brasileira” e ali ele seguiu o tour. O tempo começou nublado, mas foi melhorando ao longo do passeio!

 

Peço desculpas, mas como o tour foi rápido, acabei não anotando os locais que passamos. Acabado o tour, o Thiago quis tomar um café no “A Brasileira”. Sentamos ali e ficamos aguardando atendimento.
Nada!
Nos irritamos e fomos para a livraria “Centésima página” (https://www.facebook.com/livrariacentesimapagina) que disseram que também havia um café gostosinho e ali, entre livros e tranquilidade tomamos um delicioso expresso e uma torta de limão!

:)Estávamos prontos para deixar Braga e partir para Guimarães.

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About Juliana (www.turistando.in)

Mãe do Léo, professora de italiano e apaixonada pelas maravilhas do mundo.

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